O diferente mundo dos Quadrinhos no Brasil nos apresentou neste último fim de semana possibilidades novas, pessoas novas, histórias novas. Uma vida que se vê evoluindo aos poucos quase em linha reta agora parece várias linhas ondulantes de uma onda de rádio, cada qual seguindo seu caminho, mas todas vindo da mesma fonte: a paixão por Histórias em Quadrinhos.
Como é que nós demoramos tanto para ter contato com esse lado do nosso Quadrinho, essa possibilidade de fazer contato com o público e com os artistas, dar realmente a cara pra bater. Antes eu achava que o público sempre restrito dos Quadrinhos também era como eu, viviam todos trancados nos calabouços, eu desenhando, eles lendo, e que nossos caminhos só se cruzariam nas páginas das minhas histórias. É a eterna idéia de que alguém lê as suas histórias, uma ilusão que nós acreditamos cegamente, movida também pela paixão à arte e às histórias.
É possível que essa idéia não seja uma ilusão, foi o que eu descobri no FIQ. Nós não fomos exatamente convidados a participar do evento, mas chegando lá logo nos tornamos. Não íamos participar de nenhum debate ou palestra, mas nos convidaram assim que chegamos os dois ao evento. Fomos ao FIQ com a cara e a coragem a fim de vender revistas e divulgar nosso trabalho, mas não pagamos por um estande, o que resultou numa constante peregrinação nômade pelo vasto espaço da Casa do Conde, indo atrás de quem quisesse conhecer nossas histórias. No entanto, muitas foram as pessoas que vieram atrás de nós a procurando a nossa revista, ou porque leram na internet que estaríamos por lá (e não é que algueem lê o nosso blog mesmo.), ou porque viram na mão de outras pessoas, ou até mesmo por acaso.
O mais interessante foi o nosso contato com os outros convidados, todos parte do mesmo clubinho, hospedados no mesmo hotel, vários amigos, sentado à mesa, bebendo e conversando, apaixonados pela mesma garota. E quando íamos nos apresentar ou éramos apresentados, a resposta era sempre "Ah, então são vocês. Prazer, gosto muito do trabalho de vocês, parabéns." Foi ótimo conprovar que, mesmo de dentro do calabouço, estamos todos no mesmo barco e estamos atingindo as pessoas que vivem no mundo lá de fora.
Somos todos pessoas que gostam de histórias e essas histórias nos levaram para o mesmo lugar. No meio da multidão de anônimos apaixonados, o nosso trabalho fez com que as pessoas nos enxergassem. E nós mesmo nos vimos com outros olhos, num mundo onde Histórias em Quadrinhos são uma realidade, onde o sonho é real, onde não estamos presos no calabouço das nossas próprias idéias.
:: Bá 3:07 PM [+] ::
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:: 29.9.03 ::
De volta para dentro de mim mesmo. numa sintonia que ainda persiste.
Às vezes, é bom poder sair para passear. Abandonar sua vida e viver outra que, mesmo ainda sua, é tão estranhamente nova que você também se sente diferente, mudado, vivo. Por poucos momentos, você encontra pessoas que estavam à sua procura e, nesse instante, você se torna aquele que os outros imaginam que você é. É como olhar a si mesmo pelos olhos de um estranho e, vendo que você também não passa de um desconhecido para todas as outras pessoas, ficar com a sensação de que nos conhecemos todos de certa forma.
De certa forma, estamos certos.
Agora o passeio terminou e voltei a ser o meu eu-corriqueiro. Caí novamente dentro da minha vida. Nem sempre é possível sair para passear, mas é essencial que cada passeio traga algo de novo, uma nova afinação para colorir a vida do dia-a-dia. Talvez assim possamos viver melhor, viver mais (intensamente), viver sabendo que tudo passa, nada é para sempre e que o hoje deve valer a pena sempre para que não vivamos apenas no prolongamento do agora e cheguemos constantemente ao amanhã de olhos abertos.
:: Fábio Moon 9:21 PM [+] ::
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Lord Takeyama na Quanta
Dia 04 de Outubro de 2003 (neste sábado), Bruno D´Angelo estará na Quanta Academia de Artes (Rua Minas Gerais, 27), a partir das 12:00h, autografando o álbum Lord Takeyama, escrito pelo Shane Amaya (o mesmo do ROLAND)e desenhado pelo Bruno (que fez várias contribuições para os fanzines 10 Pãezinhos e ainda publicou a revista Prey com o Shane, nos EUA).
Uma ótima oportunidade para conhecer o Bruno, um verdadeiro samurai, bater um papo sobre quadrinhos e comprar o álbum autografado.
:: Bá 7:33 PM [+] ::
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:: 28.9.03 ::
Encontros
Como é bom encontrar as pessoas. Reencontrar, então, é melhor ainda, dá a sensação de que, mesmo trilhando cada um o seu caminho, existem lugares por onde sempre passamos e onde vemos que parece que estamos no caminho certo. Reencontrar as pessoas dá a sensação de que você está andando para a frente.
Quanta gente faz e ama quadrinhos. Que multidão invadiu Belo Horizonte, vindo de todos os cantos do Brasil, buscando ver as revistas, ler as histórias e conhecer os autores. Tantos são os novos autores, colocando a cara para bater e mostrando, alguns até pela primeira vez, o seu trabalho no festival. Alguns estão quase lá, alguns já são espetaculares, mas lá somos todos iguais, sentados à mesma mesa, bebendo e conversando.
Fazendo história.
Para frente
Agora é a hora de produzir mais. É a hora de produzir melhor.
essas imagens são filipetas que fizemos para o FIQ.
:: Fábio Moon 12:55 PM [+] ::
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:: 26.9.03 ::
Festival de Quadrinhos de Belo Horizonte
Aqui estamos. Hoje, daqui a minutos, estaremos participando de uma palestra sobre colaboração no Brasil. Estamos vendendo fanzines, conhecendo novas pessoas (e principalmente novos quadrinhistas) e hoje faremos o lançamento oficial "mineiro" da nossa revista "Feliz Aniversário".
É bom, às vezes, viajar à trabalho.
:: Fábio Moon 4:11 PM [+] ::
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Quanto do autor está em seu trabalho para que ele goste do que faz? Quanto dos leitores está no trabalho para que eles gostem do que lêem? Quanto de mim está em você para que gostemos um do outro?
Somos seres em constante busca de completude, sempre imperfeitos e deixados, talvez propositalmente, no meio do caminho. Somos apenas pedaços de uma história que talvez não seja nem a nossa, mas que ainda assim nos rodeia. Nos rodeia porque não estamos sozinhos. Não estamos e não queremos estar sozinhos. Por isso estamos sempre em constante busca de completude.
Não importa como seja o nosso hoje - e o hoje pode ser maravilhoso -, sempre há o amanhã, sempre há alguém novo para conhecer, alguma coisa diferente para fazer e uma nova história para contar.
O autor não precisa ter todas as respostas, só precisa estar disposto a fazer as perguntas.
Semana que vem tem o tão esperado FIQ e mal posso esperar pra que ele finalmente chegue. É a mesma sensação de estar indo para a COMICON de San Diego pela primeira vez, pois nunca fui a Belo Horizonte e são quatro dias num lugar estranho com um monte de gente falando de histórias em quadrinhos.
As comparações com San Diego podem se estender por páginas e mais páginas, pelo menos na teoria do evento, pois só saberei ao certo quando chegar lá. Gostaria muito de ter um estande pra vender nossas revistas e livros, ter um lugar fixo onde as pessoas pudesses nos encontrar, mas o Fábio e eu achamos muito caros os preços que a organização estava pedindo. Nós nunca conseguiríamos um retorno equivalente ao investimento, mesmo se vendêssemos tudo. Sei que nem sempre se trata de dinheiro, mas o mais importante era ir, com ou sem estande.
Também gostaria de participar de alguma palestra, o elemento mais importante de qualquer evento (na minha opinião), mas sei que isso não vai acontecer. Talvez (muito talvez) o Fábio participe de uma, mas acho que esse ano não vai rolar. Se o FIQ tivesse tantas palestras quanto a Comicon, acho que o público iria sair super impressionado. Claro que a organizaçãonão quer fazer uma palestra específica sobre a Aline onde somente os fãs do Adão e sua personagem iriam, ou uma sobre a trilogia do Mutarelli onde somente seus leitores apareceriam. Eles querem palestras abrangentes e cheias, por isso colocam um monte de gente junta falando de um tema bem amplo, o que sempre prejudica o resultado final.
Eu sou a favor de palestras mais específicas, com foco maior no autor e na obra, pois é isso que falta, as pessoas darem mais valor à obra em si, a cada história, seu universo, seus personagens. Não quero ver mais uma palestra sobre o Quadrinho Brasileiro, que não diz nada de novo e as pessoas nem se conhecem nem conhecem a obra um do outro. Quero ver uma palestra com o Samuel Casal sobre seu trabalho, porque ele decidiu fazer tudo no computador, porque tão sombrio, quais seus novos projetos. Quero ver uma palestra sobre fanzines com gente que fez e que faz fanzines, e cheia de fanzineiros na platéia com seus trabalhos, todo mundo mostrando tudo pra todos. Quero ver uma palestra somente com editores de editoras grandes, pequenas e independentes, honesta e sem lobby, falando como produzir e publicar Histórias em Quadrinhos no Brasil, sem mitos e lendas e histórias da carochinha, somente com fatos e números.
Bom, só pelo entusiasmo já se vê como eu me sinto em relação ao FIQ.
Levaremos nossa revista "Feliz Aniversário" pra vender para o maior número de mineiros possível e espero fazer muitos contatos, conhecer muita gente e conversar muito sobre Quadrinhos, não sobre tal personagem ou tal revista, mas sobre fazer HQ, pensar sobre HQ, viver HQ.
:: Bá 5:05 PM [+] ::
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:: 18.9.03 ::
Saiu no Yahoo! Notícias:
Festival de quadrinhos em BH terá 16 exposições de cartunistas
SÃO PAULO (Reuters) - A 3a. edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte começa dia 24 de setembro levando à capital mineira 16 exposições de cartunistas nacionais e internacionais, oficinas, debates e noites de autógrafos.
O festival vai até 28 de setembro e funcionará no Centro Cultural Casa do Conde, no centro da cidade.
Entre os convidados internacionais, estão o italiano Lorenzo Mattotti, o argentino Jorge Zentner, o italiano Stefano Ricci e o francês Jacques de Loustal.
Um dos destaques das exposições será "Con Sequências", seleção de trabalhos brasileiros exposta na Espanha em março, durante o Salão de HQ de Barcelona. Inédito por aqui, a mostra apresentará 37 autores, entre eles Chantal, Fábio Moon e Gabriel Bá, Lourenço Mutarelli, Lagares, Jaca e Guazzelli.
David Lloyd, Kyle Baker, Mozart Couto e Marcello Gaú terão mostras individuais. "Desenhos Nunca Vistos" exibirá uma coletiva de autores gaúchos, enquanto "Mangá Tropical" trará autores brasileiros influenciados pelos traços japoneses.
O festival também terá um espaço de 254 metros quadrados para expositores, na Feira de Quadrinhos. Para obter mais informações sobre os nove debates e quatro workshops, visite o site oficial, http://www.fiqbh.com.br.
:: Bá 11:47 AM [+] ::
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:: 14.9.03 ::
Esse final de semana, redescobri o prazer de fazer rascunhos. Redescobri o prazer de conversar com estranhos (com estranhas) e redescobri as histórias que se escondem embaixo das pedras que encontramos no meio do caminho. Olhe bem ao seu redor e você encontrará histórias. Não as deixe escapar.
O Beijo Perdido
uma ficção
Ela era linda. Simplesmente linda. Nada do que eu disser fará sentido algum a menos que eu me lembre disso. E nada do que vier depois fará sentido a menos que eu me esqueça. Mas ela era tão linda que é difícil de esquecer.
Durante uma noite, eu a observei. Troquei algumas palavras, coisas triviais apenas, para passar o tempo, enquanto nossos olhares se cruzavam, dizendo mais do que dizíamos em nossas conversas embriagadas. Eu não estava bêbado, lembro-me bem, mas não importa, pois estar ao seu lado era embriagante e, ao mesmo tempo, delicioso, e lá estava eu me deliciando com tão bela companhia.
Se alguém fala de você, você se torna assunto, se torna interessante. E nós dois estávamos nos sentindo interessantes, no meio da multidão, sozinhos, olhando entre os reflexos de nossos drinks para os olhos uns dos outros, sorrindo para o mar de possibiliddes ao qual estávamos prestes a mergulhar. Falávamos em silêncio, esperando.
Esperando o primeiro beijo.
Um beijo que nunca veio.
"Por que você não a beijou?", eu me pergunto, em silêncio, no caminho de casa.
Porque seria um beijo perdido para uma garota que eu acabara de encontrar. Apenas um beijo, para terminar uma noite deslumbrante em que eu me senti vivo. E aquele beijo, para mim, não deveira terminar nada.
Eu queria um beijo que começasse outra história.
:: Fábio Moon 11:21 PM [+] ::
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:: 12.9.03 ::
Amanhã, sábado, tem a festa de pré-lançamento da TIPOS número 4, com direito a show de duas bandas londrinenses e mini-zine com uma história inédita. Não deixem de aparecer.
Nós estaremos lá.
Tudo começa a partir das 14 horas, no Sesc Ipiranga (R. Bom Pastor, 822), fone (011) 3340-2000.
:: Bá 7:30 PM [+] ::
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:: 10.9.03 ::
A luta continua
O tempo passa. Os trabalhos vem e , quando feitos, vão-se embora. Ao contrário dos nossos próprios quadrinhos, os outros trabalhos que fazemos, mesmo se forem de quadrinhos, passam tão pouco tempo conosco. Chega um e-mail, um telefonema, um encontro. Depois de breves conversas, o trabalho começa e, com ele, começamos mais uma vez a sonhar com as possibilidades que podemos explorar com esse novo trabalho.
Muitas dessas possibilidade não são exploradas. Não há tempo para elas. Elas ficam para depois. Quando, eu não sei.
Os trabalhos que fazemos como se fossem nossos, que tratamos como se tudo o que importa é passar essa idéia - e convencer a todos de que é uma ótima idéia -, esses são os trabalhos que vão embora com mais pesar, porque eles nos fazem pensar em muitas coisas que simplesmente não desaparecem quando o trabalho acaba. Fica a sensação de uma conversa que terminou no meio.
Não deixem de conferir um trabalho muito legal que a gente fez para a revista Mundo Estranho, edição número 20, que estará nas bancas em outubro. A imagem acima faz parte desse trabalho.
E não deixem de prestigiar o evento do Papito e do Yuge no sábado!
:: Fábio Moon 5:09 PM [+] ::
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:: 9.9.03 ::
Rock e Quadrinhos Londrinenses em São Paulo
No próximo sábado (13) a cultura do norte paranaense vai invadir São Paulo. Uma apresentação de bandas de rock de Londrina vai abrir o pré-lançamento da revista de quadrinhos Tipos #4.
A convite do Sesc Ipiranga, o roteirista Cláudio Yuge e o desenhista Papito trazem uma edição extra da Tipos "Corações e Melancias", que antecede a número quatro e, como não poderia deixar de ser, o público que visitar o lançamento vai poder conferir as perfomances de duas bandas de rock de Londrina: Overwhelm e Mudcracks.
A revista Tipos fala sobre o cotidiano de jovens dos centros urbanos e o Overwhelm, com seu hardcore em português tenso e enérgico, e o Mudcracks, com suas guitarras psicodélicas, irão complementar através da música o que o público vai poder conferir nas páginas dos quadrinhos e nas imagens da exposição.
Tudo começa a partir das 14 horas, no Sesc Ipiranga (R. Bom Pastor, 822), fone (011) 3340-2000. Abertura da Banda Estado WO. Teatro. R$ 6,00; R$ 3,00 (usuário matriculado). R$ 2,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).
Em 2001, o Fábio e eu nos concentramos em contar as tais histórias pessoais cotidianas sobre o relacionamento das pessoas, que nós sempre alardeamos por aí que contávamos e que eram o motivo do fanzine ter sido chamado de 10 Pãezinhos em 1997. Até ali, as grandes histórias que havíamos contado eram um tanto quanto fantasiosas, sendo "O Girassol..." uma história com serial-killers, piratas e perseguições e "Meu Coração..." conta a história do amor de um prícipe por uma fada.
Foi então que fizemos "É Tarde pra Café" e "Outras Palavras" no FRONT. Foi o início de uma nova fase de histórias, mais sérias, detalhadas, profundas. Em 2002, o Orlando nos convidou pra fazer uma história para o livro de futebol, um emocionante desafio, tanto pelo tema quanto pela oportunidade de trabalhar com cor. Foi um desafio contar uma história onde o único relacionamento é a paixão entre o torcedor e o esporte, o craque e a bola, o grito e o gol.
Duas semanas atrás, nos contactaram pra participar de um projeto de quadrinhos com histórias relacionadas com serial-killers, histórias de terror e suspense. Disseram que viram meu trabalho no "Girassol e a Lua" (de 1997, devo acrescentar) e que eu seria perfeito pra uma das histórias. No auge da minha influência Mignola, o traço do Girassol era um tanto sombrio. Aliado à trama densa e perturbada da história, talvez eu entenda onde eles acharam que eu serviria pra um projeto desses. Além do mais, seria divertido fazer uma história de terror, gênero clássico dos quadrinhos no qual eu ainda não enveredei.
Disse que gostei da idéia e pedi pra me mandarem o roteiro, chegou, li. Já havia sido avisado que eles não fazem HQ, passaram por uma capacitação pra aprenderem a escrever roteiros de HQ e, como resultado disso, todas as páginas têm um monte quadros. Sete no mínimo. Tirando isso e umas redundâncias de texto e imagem, a história é interessante e a oportunidade é bem legal. Por todos esses motivos eu aceitei o trampo. Já fiz o lápis de todas as páginas e tenho até o dia 18 pra terminar tudo.
Não gosto muito da idéia de trabalhar somente em projetos dos outros (roteiro dos outros, que seja) mas há uma mudança super interessante no resultado final de um trabalho como esse. Todos os elementos tornam este projeto um grande desafio. Contar uma história que não foi a que eu escrevi, os fatos que eu escolhi, os personagens que eu criei. Contar uma história que não fala de mim, de você, da gente. Contar uma história que faz parte de um gênero específico, que é baseada em fórmulas de estrutura e composição, que fuciona em cima de esteriótipos. O importante é usar todos esses esteriótipos e essa estrutura e usá-los da melhor forma possível.
É diferente, é um desafio e é o máximo. É por isso que eu amo fazer Histórias em Quadrinhos.
:: Bá 12:13 PM [+] ::
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:: 5.9.03 ::
Quadrinhos em BANCA.
Outro dia desses dissemos que estamos trabalhando em alguns projetos relacionados à quadrinhos. Um desses projetos será vendido nas bancas de jornal e revista. Sendo assim, você não precisa ir a nenhuma loja especializada em quadrinhos, não precisa frequentar baladas alternativas e não precisa ficar mergulhado na internet para encontrar esse novo trabalho. Estará nas bancas de jornal, como uma revista normal.
Agora resta saber quando.
PERGUNTA DO FELIPE: Como foi que vocês entraram em contato com os caras da Dark Horse? Correio mesmo?
Nós mostramos nosso trabalho pela primeira vez para os editores da Dark Horse na convenção de quadrinhos de San Diego. Durante três anos, mostramos as páginas do ROLAND. Quando o ROLAND foi publicado, deixamos uma cópia com a editora do Frank Miller, pois na época ele tinha acabado de lançar o 300. No ano seguinte, mostramos para essa mesma editora o álbum Meu Coração, Não Sei Por Que. e ela achou que tínhamos melhorado muito. Mas até esse ponto só estávamos mostrando o nosso desenho.
Foi somente quando mandamos É Tarde para Café e Outras Palavras, traduzidas, para a editora (pelo correio, vale a pena acrecentar) é que ela ficou realmente interessada no nosso trabalho como um todo e foi a partir daí que começamos a conversar sobre fazer alguma coisa para a Dark Horse.
Apesar de todo esse avanço da internet, mandar o seu trabalho pelo correio ainda é o melhor jeito de mostra o seu potencial para os editores de quadrinhos, não importa se eles são extrangeiros ou não. Nós só vamos para San Diego uma vez por ano e o correio é o modo de mostrar que estamos sempre produzindo novas histórias e aprimorando o nosso trabalho.
:: Fábio Moon 10:57 AM [+] ::
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:: 1.9.03 ::
TV SENAC. Hoje veio uma equipe da TV SENAC pra gravar uma matéria sobre Histórias em Quadrinhos conosco, ainda relacionada ao evento "Mundo dos Quadrinhos" que aconteceu em Julho. Eles queriam mostrar o dia do quadrinhista, passo-a-passo do trabalho, essas coisas de sempre. Mesmo estando trabalhando e tendo coisas pra mostrar, tivemos que produzir um material extra qua mostrasse o processo inteiro, parte da mágica da televisão.
Foi muito bom poder falar sobre HQ, compartilhar experiências, conversar sobre nosso trabalho. Essa relação com outras pessoas é realmente algo que faz falta no mundo dos quadrinhos. A cada pergunta que eles faziam, as respostas iam crescendo e tomando conta de nós e logo nos vimos contando com emoção longas sagas sobre a dura profissão de quadrinhista apaixonado.
Tendo nos preparado antes, tínhamos todos os nossos trabalhos à mão pra mostrar, dar exemplos, reviver suas histórias. A matéria tem um grande potencial gráfico se eles utilizarem bem todas as imagens e referências que fornecemos durante a entrevista.
Quando soubermos a data que o programa vai ao ar, avisaremos aqui.
PS: Estamos fazendo 3 novos trabalhos relacionados com HQ.
:: Bá 9:06 PM [+] ::
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